Meu bebê se foi...

Hoje, por volta de 00:00h, meu "Pingo" de gente descansou... Foram mais ou menos 5 meses de luta, desde que descobrimos que ele estava com Linfoma. Iniciamos o tratamento, mas tivemos que parar por falta de medicamento. Desde então, o entregamos nas mãos do Senhor, pedindo que Deus não permitisse que ele sofresse, nem pra viver e nem no momento de sua morte. E agradeço muito a esse Deus maravilhoso no qual acredito, o mesmo que me dá força para escrever neste momento, por que Ele fez do modo como havíamos pedido.
Ainda ontem eu o acarinhava, segurava seu rosto e dizia o quanto o amava e o amaria pra sempre. Hoje levei seu corpinho, já tão debilitado, para ser enterrado, segurei pela última vez seu rostinho lindo e repeti que o amava, mas sabendo que ele já não mais me ouvia... A saudade é tanta! A dor é tão sufocante!! Já tive tantos bichos e ainda tenho, já passei por esta dor tantas vezes e, infelizmente, sei que ainda vou passar tantas outras, mas a dor nunca ameniza... O Pingo entra agora em um cantinho do meu coração no qual estão os amores jamais esquecidos da minha vida: Mila, Pit, Pandora, Penélope, Apolo, Lion, Preta, Malu... Amo tantos estas criaturinhas! E sei que vou amar pra sempre. Sei que é um amor que muitas pessoas não compreeendem. Como pode alguém que tem mais 19 bichos se acabar de chorar por que um morreu? Muitos não entendem e nem esperem que eu perca meu tempo tentando fazê-las entender, por que isso apenas se sente. Pobres criaturas que não conseguem sentir e compreender este amor...
Só posso dizer que o Pingo me deu 4 anos maravilhosos de convivência. Aprendi com ele o que sei que nenhum ser humano seria capaz de me ensinar. Ele me deu motivos pra sorrir, pra lutar, me mostrou que podemos dizer ao mundo que ele está errado e que podemos mudar o que muitos acreditam não ser possível. Infelizmente, não pude mudar o final dessa história...
Vai com Deus, meu pequeno guerreiro, meu filhão eternamente amado. Eu vou continuar aqui, so...bre...vi...ven...do... E buscando amar ainda mais, mesmo sem você! Mesmo que só com sua lembrança...

Arrasada... Física e psicológicamente!

É tão difícil assumir nossas impotências, assumir que não sabemos tudo, mesmo daquilo que conhecemos tanto, das coisas que passamos tanto tempo aprendendo... A gente cresce, faz faculdade e acha que sabe tudo sobre a profissão que escolheu. Mas a realidade não é bem assim! As variáveis são incontáveis, nunca sabemos o que vamos encontrar quando nos prestamos a fazer um trabalho. Mas porquê estou falando tudo isso? Estamos fazendo uma gincana com os jovens da nossa igreja e fui convidada pra preparar e comandar a parte física da competição. Tive algumas horas pra preparar o programa, fiz o melhor que pude neste tempo, consegui com a ajuda de algumas pessoas a maior parte do material necessário e fomos pra "briga"! E foi quase que literalmente uma briga... Praia, sol se pondo, 15 adolescentes e alguns pais dispostos a ajudar. A primeira atividade (e a mais complicada!) começou e, para meu espanto, correu tudo bem. Não sei o que aconteceu no intervalo para a segunda atividade, mas já não conseguia atrair a atenção da galerinha. Eles ficaram repentinamente dispersos e barulhentos, e daí pra minha paciência ficar no limite foi um pulo! Conseguimos, aos trancos e barrancos, executar a segunda e a terceira tarefas, mas de forma insatisfatória (pelo menos pra mim!). Encerramos as atividades do dia, apesar de ainda existirem tarefas a executar, mas não havia mais tempo nem capacidade psicológica. O que sobrou foi muito cansaço e uma frustração imensa! Descobri que não tenho mais o feeling pra trabalhar com esse público, o que me causou um desânimo... É difícil admitir nossos erros e incapacidades, mas precisamos fazê-lo para podermos crescer e nos tornarmos profissionais e pessoas melhores. Não tenho problemas em assumir que errei, mas não quer dizer que não doa... Dói e muito! Mas também me faz ver que sou apenas um ser humano, que precisa de outros para vencer os desafios, por mais solitários que eles pareçam. Essas situações me colocam no meu lugar, de ser dependente que sou, principalmente de Deus. E o que ficou de tudo isso? Cansaço, dores físicas e emocionais, mas a certeza de que existem coisas que não sei, mas que posso fazer bem aquelas que sei e sentir muito prazer com isto. E quando vejo o olhar bobão da minha "filhota" de quatro patas olhando pra mim, querendo dizer: "mãe, te amo de qualquer jeito, ainda que a única coisa que você soubesse fazer fosse brincar comigo!", e quando ouço as palavras de apoio de maridão ou de mami, entendo que ainda tenho muito o que aprender. E amar...

Amores...

Minha filhinha Mika e meu filhão Pingo.

Não prometo mais...

Da última vez que postei aqui prometi não ficar mais muito tempo sem escrever. Não consegui cumprir. Acho que sou inconstante... Acho?! Não! Pelo menos disso tenho certeza! Muita coisa aconteceu neste meio tempo. A mudança de lar se consolidou, passamos por várias "quase" reformas, colocamos o apartamento à venda, desistimos de vender, minhas dores melhoraram e voltaram a piorar, quase operei a coluna, descobri que sou depressiva química... Ufa! Foi um período de muitas coisas ruins, a pior delas: a descoberta de que um dos meus filhos de quatro patas, o Pingo, está com câncer. Tem sido difícil... Começamos a quimioterapia, mas tivemos que parar por falta de remédio. Ele tem resistido bravamente, graças ao poder de Deus e ao amor da minha mãe e meu. Não sei até quando, mas vamos vivendo e até lá amando-o muito. Porém, também foi um tempo de muitas coisas boas, a melhor delas foi a chegada da minha mais nova filha de quatro patas, a Mika, a primeira no apartamento. Foi uma alegria tirá-la daquela gaiolinha na Suipa e levá-la pra casa. Pena que muitos não tem a sorte dela... Recomendo a quem quiser, de verdade, um animal, não compre! Adote! O amor é o mesmo, mas a sensação da adoção é infinitamente melhor. Bem, tenho tentado ser uma pessoa melhor, acho que não tenho conseguido e enquanto tento, continuo amando pela vida...

Voltei!!

Depois de um longo tempo sem postar, estou tentando voltar aos poucos. Além da preguiça que tem me dado de escrever, também fiquei um longo tempo alternando dias com uma dor suportável e dias em que ficar muito tempo sentada ou o simples ato de botar o pé o chão causavam dores horríveis. Tenho tentado ser firme e perseverante. E Deus tem me ajudado muito nessas horas. Neste momento estou relativamente bem... Apesar de tudo, sou muito grata a Deus por tudo que Ele tem feito na minha vida: por minha família, amigos, trabalho, enfim, por proteger e guiar cada setor da minha vida. Gostaria que todos pudessem compartilhar esse sentimento de paz em meio à tempestade...

Começando...

Bem, estou começando hoje por aqui... Sempre fui daquelas que escrevia diário e colocava todo tipo de coisa dentro! Mas nunca antes havia pensado em escrever um blog. Achava uma coisa tão invasiva. Mas tenho pensado, de uns tempos pra cá, que algumas experiências devem ser compartilhadas, algumas coisas precisam ser ditas... E nesse nosso mundo cada vez mais virtual precisamos nos tornar acessíveis e, desta forma, tentarmos ser mais humanos, com o mínimo de humanidade que nos resta. Por isso, a partir de hoje vou dividir com quem quiser momentos da minha vida, mensagens, meditações, pensamentos, enfim, vou me dividir com vocês, tentar multiplicar idéias boas e me aproximar de amigos que amo. E também aproximá-los do meu melhor amigo: Jesus Cristo. Ele ama vocês! E eu também...


Até mais!!